a dança

a Vida é uma Canção viva;
cada etapa pede movimento
.

a Canção não existe para ser interpretada
ou dissecada pelo julgamento.

ainda que te deixes levar pela introspeção,
jamais deixes de, tão somente, sentir e contemplar, 
sem tentar compreender coisa alguma.

não há outra forma de a experienciar,
momento a momento,
até que te tornes na própria dança.

é Obra primorosa a Canção do mundo
e a Natureza aí está para nos (re)lembrar
o Elo que jaz em todas as coisas e em todos os seres.


natureza

a sociedade contemporânea desconectou-se das suas origens, fruto de uma crença equivocada na separação entre homem e natureza. 

é de uma importância vital restabelecer o Elo perdido, (re)aprender com as tradições e culturas contemplativas que guardam a Natureza como um Lar sagrado e celebram a Vida em comunhão com os espíritos da Terra. 

acredito que ainda estamos a tempo de resgatar essa ancestralidade, de nutrir as nossas raízes, no entendimento holístico e amoroso de que, não só fazemos parte do ecossistema, como também carregamos a Natureza viva, no Corpo e na Essência; 

abraçar uma ecologia profunda e interdisciplinar, no amor e respeito por todas as formas de vida; 
(re)conhecer esse sentir inato de conexão com todos os seres. 

as crianças

oh as crianças! dispersos na rotina atropelada de todos os dias, 
esquecemos muitas vezes de notar as maravilhas 
que acontecem através das suas mãos e do seu olhar curioso e vibrante. 

afogados na tentativa de nos mantermos à superfície 

acabamos, muitas vezes, por deitar por terra as possibilidades. 
sem querer, abafamos a luz que pulsa dentro delas... 

(co)criação

a Arte, enquanto imersão expressiva de diálogo 
e co-criação transdisciplinar, 
torna inteligível o intangível,
configura as coisas e os sentires sensíveis, ​​
possibilitando-nos contemplar a essência na forma (matéria).